domingo, 14 de junho de 2009

Chick Flick

Passei o Dia dos Namorados vendo filme de mulherzinha no Telecine, já que meu noivo estava de plantão no SAMU. Na verdade, revi os filmes e inclusive tenho dois deles.


Sou cinéfila, amo cinema! Não tenho gênero preferido e odeio rótulos. Adoro maratonas cinematográficas, é uma delícia ver filmes na salas de cinema madrugada adentro (perdi a de ontem!). Geralmente gosto dos filmes que o público em geral odeia e desgosto das bobagens que a maioria dos meus amigos curtem. Definitivamente não é pra fazer "tipinho", é simples coincidência mesmo. Contudo, tenho minha "guilty-pleasure": as chick flicks.



Chick flick é uma gíria para designar filmes com apelo forte para o público feminino. Segundo a Wikipedia o termo foi usado pela primeira vez nos anos 80, entretanto seu primeiro filme data da década de 30. Marrocos (Morocco) é estrelado pelo charmosíssimo Gary Cooper e a diva Marlene Dietrich que vivem um romance conturbado em plena guerra contra os marroquinos (mais sobre o filme, clique aqui).



As chick flicks versam sobre mulheres e as várias nuances dos seus relacionamentos entre lágrimas e/ou boas risadas, revelando-nos o universo feminino de forma açucarada e nos faz sair da sessão com aquele sorriso enorme e bobo. Contudo também vemos protagonistas do sexo masculino, mas sempre com um olhar feminino. O grande problema foi a generalização desse tipo de filme. Deram certo? Produção em massa de genéricos insípidos e saturados de clichês. Ademais, rotularam tanto como filmes destinados exclusivamente a mulheres que os homens fogem na velocidade do som quando ouvem: "Bem, vamos ver um filme bem romântico?" É óbvio que há muitos filmes ruins e bem ruins mesmo, mas isso não ocorre apenas nesse filão, já que no próprio mundo dos socos e pontapés - filmes de ação - nós temos bons e maus exemplos. O cinema também é um retrato da constante e progressiva mediocridade do público que o frequenta.




Alguém lembra do Brat Pack? Eu os citei certa vez no meu antigo blog Palavras ao vento. O nome era uma referência aos Rat Pack, uma turma de atores (Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford) que fazia filmes sempre juntos. Os Brat Packers foram jovens atores que estouraram nos anos 80 em filmes que se tornaram clássicos para o público jovem tais como O clube dos cinco, O primeiro ano do resto das nossas vidas, Gatinhas e gatões, A garota de rosa-schocking etc. E viva a Molly Ringwald, ícone supremo dessa turma deliciosa. Quantas vezes grudei na Globo só pra ver a sessão da tarde repleta de seus filmes. Boa época!

Pra não deixar esse post muito prolongado (mais?), vou citar alguns filmes chick flick que indico (em ordem aleatória) e outros pra ver só por masoquismo mesmo. Tentarei nos próximos dias falar de alguns filmes do gênero que amo.


Pra ver com muita pipoca e com as amigas ou o respectivo (prometa a ele ver Star Trek depois!).


Aconteceu naquela noite (é uma screwbaw comedy também), Brilho eterno de uma mente sem lembranças, Before sunrise e Before Sunset, The Wedding Singer, When Harry met Sally, Love actually, Notting Hill, Uma linda mulher, Nunca fui beijada, Sintonia de Amor, Tarde demais para esquecer, Moulin Rouge, Diário de uma paixão, Garden State, Vestida para casar, Eu te amo, cara!, Ele não está tão a fim de você, O fabuloso destino de Amélie Poulain, 10 coisas que odeio em você, Ligeiramente grávidos, Juno, Lost in translation, Beijos roubados, O casamento do meu melhor amigo, Breakfast at Tiffany's, O diário de Bridget Jones, Quatro casamentos e um funeral, Sabrina (com a Audrey, obviamente!), Marty, Como se fosse a primeira vez, My fair lady, Adoráveis mulheres, West Side Story, The graduate, Across the universe, Apenas uma vez, Wall-E, O castelo animado, Encantada, Beijando Jessica Stein, Um grande garoto, O casamento de Muriel, A noviça rebelde, Luzes da Cidade (sempre Chaplin!), Razão e sensibilidade, Annie Hall, Vicky Cristina Barcelona, Quero ser grande, O virgem de 40 anos, Procura-se Susan desesperadamente, Diga o que quiserem (onde me apaixonei pelo John Cusack), Minha vida sem mim, Edward, mãos de tesoura, Alta fidelidade, Caindo na real, Enquanto você dormia (depois dele, a Bullock perdeu a mão), Os guarda-chuvas do amor, P.S. Eu te amo, Mansfield Park, Clueless, Pride and Prejudice, Singles, Como perder um homem em 10 dias, o made in Brazil Houve uma vez dois verões e muitos outros.


Um parágrafo só pra falar de Dirty Dancing. Esse filme foi revisto por mim há 04 anos e revi uns trechos há uns dias e nessa redescoberta o achei muito fraco. Continuo a adorar as danças, a admirar a beleza do Patrick Swayze e seu rebolado, mas as atuações são canastríssimas e a história bem sem graça. Porém, como ele marcou minha adolescência, meus 12 anos, quando tentava entrar na sessão com censura de 14 anos e era sempre barrada, enquanto minhas amigas, meses mais novas, entravam e me deixavam "all by myself". Sabia todas as danças do filme, mesmo sem ter vê-lo e quando consegui uma fita pirata, contando com a ajuda de uma amiga que cedeu sua casa para vermos, ela esqueceu levar a chave quando foi pegar o filme e ao voltarmos não tinha ninguém em casa e tivemos que pular o muro. Eu, na minha habilidade notável e equilibrista nata, fiquei presa nas lanças do muro e detonei minha roupitcha linda e nova da Giovanna Baby. Chorei horrores, desisti do filme e só fui ver meses depois e para superar a revolta, peguei-o inacreditáveis 35 vezes na locadora. Portanto, tem sua nostalgia e pelo apelo pessoal, coloco-o na coluna do meio.


Go to hell


Kate e Leopold (mas Meg Ryan, what f* happened?), todos os filmes da Mandy Moore (inclusive "a solução para a seca do Nordeste" Um amor para recordar - o que é que viram nesse filme, além de lágrimas? É um liquidificador ambulante de clichês. Da filmografia da atriz, pra não ser injusta, excetua-se o bom Saved (e a péssima tradução A Galera do Mal)). Também temos Alguém como você (ninguém merece aquela história das vacas, apesar do charme descomunal do Hugh Jackman), todos os filmes protagonizados pelo Freddie Prinze Jr (o pior galã teen de todos os tempos, tanto que sumiu do mapa) e incluindo na lista as pseudo-cantoras e pseudo-atrizes Jennifer Lopes, Britney Spears, Lindsay Lohan (exceto Mean Girls) e Hilary Duff, além da Amanda Bynes. Indubitavelmente incluo todos os filmes de cheerleaders. Outras películas: Um show de vizinha, Noivas em Guerra, Outono em Nova York (Winona, logo você?), Doce Novembro (cansada de filmes em que a doença é estopim de e para tudo), Bridget Jones - no limite da razão (minha querida Bridget virou paródia de si mesma), De repente 30 (não que o filme seja ruim, mas é um genérico do ótimo Bigger), Outra vez 17 (esse não passou ainda, portanto não vi, mas já não gostei - mais um genérico), Armações do amor, Hope Floats, Recém Casados, Mamma Mia, Jogo de amor em Las Vegas, What Women Want, Uptown Girls, Todas Contra John, A agenda secreta do meu namorado, O Amor não tira férias (apesar do charme indefectível do Jude Law e se apenas focasse a Kate Winslet, talvez estivesse na categoria dos que indico, mas a canastrice da Cameron Diaz com suas caras e bocas, ninguém merece! Vale a pena pela presença do maravilhoso Eli Wallach, o eterno Tuco do excelente Três Homens em Conflito), Dizem por aí, Tudo em família, Um amor de tesouro, Coyote Ugly, Forças da natureza, Dr. T e as Mulheres e muitos outros.


Por fim, achei interessante terminar esse post com o vídeo abaixo onde o trio masculino do filme Ele não está tão a fim de você comenta, com muito bom humor, 10 clichês mais frequentes nas chick flicks.






Hasta luego!

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