quarta-feira, 24 de junho de 2009

"Noivocídios" e Joel & Clementine


Bonsoir!




Meninas, cuidado para não cometerem um "noivocídio"!


(Tudo bem, adoramos Shrek e Fiona, mas... menos né?)

(Meda!)

(Barbie Girl?)


(Christmas wedding in North Pole)

(She-Ra gets married)

Fonte: O hilário site Tacky Weddings.



Encontrei um site bem bacana onde podemos encontrar muitas lembrancinhas que só vemos nos sites not made in Brazil. Na verdade, pelo que eu entendi, a Nana Bridal Shop agrega tudo em relação a casamento. E uma novidade: a ótima Gift Chic finalmente está com um lindo site no ar.



Voltando a falar de filmes e seus respectivos casais que me tocaram bastante, vamos ao meu TOP 1 empatados com a Celine e o Jesse que citei no post anterior. Ainda estou devendo um post novinho em folha, mas já tinha escrito este texto abaixo em agosto de 2004.


"Brilho eterno de uma mente sem lembranças



Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equívocos (Nietzsche)”... "Feliz é o destino da inocente vestal/ Esquecida pelo mundo que ela esqueceu/ Brilho eterno da mente sem lembrança! (Eloisa to Abelard, Alexander Pope)...”


Difícil falar desse filme depois de ler a crítica do Krivochein, será que ele seqüestrou meus pensamentos mais íntimos? Como ele mesmo disse: “Brilho eterno...é um triunfo de direção e de estilo. Vai da direção de arte, passa pela fotografia (que estiliza um refletor acoplado a câmera!), pela trilha sonora (a cover de "Everybody's gotta learn sometimes" do Corgis, cantada pelo Beck, é uma facada no coração), um amálgama de escolhas ousadas, porém conscientes. Com o maior respeito ao que está querendo ser transmitido. A sensação passada por Brilho eterno é a de alguém que, para consolá-lo, simplesmente colocou a cabeça sobre seu ombro, sem ter que dizer nada. Não é aquele filme que te faz se acabar de chorar dentro do cinema; ele te acompanha até em casa, dorme contigo e ainda te leva café na cama a semana inteira. Um filme tanto para se admirar quanto se apaixonar. Assista ou sua vida terá sido uma experiência incompleta.”


Como falar depois desse texto? As palavras fogem e quando voltam, saem como cópia... Dirigido por Michel Gondry já conhecido da geração MTV por seus clipes geniais e escrito pelo garoto de ouro do momento de Hollywood Charlie Kaufman (um verdadeiro gênio, sempre se reinventando!!), Brilho eterno é um romance de legítima categoria, ele é como um tapa na nossa cara, nos mostra que por mais que fujamos dos relacionamentos, eles sempre estão ali na nossa frente e uma hora vamos entrar nesse jogo, por mais que não queiramos. O filme tem início com o circunspecto Joel Barish, personagem do Jim Carrey (estupendo!!), acordando deprimido e fugindo do trabalho. E ele, como todos nós, adoramos curtir uma boa fossa, um estado melancólico de ser e nada mais ilustrativo que aquela praia coberta de neve. Todavia algo aquece aquele ambiente gélido, a presença da excêntrica Clementine (Kate Winslet, excelente) que muda de visual como muda de humor e seguimos com o início de um relacionamento entre os dois. Vale ressaltar a bela cena quando estão deitados no gelo e olham pro céu, não é preciso palavras, beijos e abraços pra ter uma cena tão romântica.


Depois de uma passagem de tempo, vemos o Joel arrasado pelo término do seu relacionamento com Clementine e ao descobrir que ela apagou literalmente suas memórias relacionadas a ele em uma clínica chamada Lacuna, fica revoltado e resolve fazer o mesmo porque suportar o seu desprezo e a sua ausência são dolorosos demais. Só que ao iniciar o processo de apagar Clementine da sua vida, ele percebe que precisa até dos maus momentos pra seguir feliz, mesmo que não haja futuro, ele quer guardá-la na memória e aí entra a direção genial do Gondry ao mostrar o Joel percorrendo por áreas esquecidas das suas lembranças, como sua infância, na tentativa de fugir da sua futura amnésia.


Muitos chamam o Kaufman de estranho, surreal, mas esse é seu filme mais palpável, apesar de ser inverossímil o fato de alguém deletar uma pessoa da sua memória, isso só serve de pano de fundo pra nos mostrar como é doloroso o fim de um relacionamento e mesmo apesar desse sofrimento quase que natural para todos nós, nunca desistimos de ter alguém mesmo que ainda soframos no final só pra que em um determinado momento nos sintamos amados. Não adianta o tempo, a distância, as diferenças, máquinas que apagam nossas mentes, quando tem que ser, é. Por mais voltas que dermos, o amor verdadeiro está acima de tudo e sobrevive.


Clementine não suporta as diferenças, as brigas e apaga Joel. Quantas vezes não queremos acabar um relacionamento quando as discussões se tornam intermináveis? Foi aí que parei pra refletir sobre meu último namorado, aí fiquei pensando, será que fui como a Clementine e desisti fácil? Boas recordações não criam cicatrizes... Por que é tão comum esquecermos as boas lembranças? Para isso nem máquinas são necessárias e depois de minutos de reflexão, cheguei à conclusão que eu tentei e o sentimento estagnou-se, mas todos temos um pouco do silêncio e daquele olhar vago do Joel e também da carência escondida dentro daquela verborragia da Clementine.


Destaque para atuação dos outros atores (Mark Ruffalo, Elijah Wood, Tom Wilkinson e Kirsten Dunst (que cita umas das melhores frases do filme)) que conseguem ter presença mesmo com as atuações e a química extraordinária dos protagonistas.


Brilho Eterno nos torna crianças apreensivas na frente do padre confessando seus pecados... Faz-nos pensar em sentimentos bastante íntimos, tão sigilosos quanto o silêncio. Nunca tinha sofrido pelo término de uma relação, sempre amei unilateralmente e meu sofrimento era por não conseguir o objeto do meu desejo. O final dos meus relacionamentos era como uma garrafa de champagne aberta na virada do ano, mas isso foi até início do ano passado, quando fui dispensada sem aviso prévio. Que dor... Só queria chorar, meu peito queimava e tinha tanto ódio, estava tão amarga que não conseguia enxergar que aquela pessoa que me destruiu por dentro também foi muito legal, que tivemos momentos ímpares, que foi o mais especial de todos que passaram pela minha vida, entretanto queria me fixar na dor da perda, vangloriava minha auto-comiseração. Saí dessa situação menos romântica e mais cética, já que abortaram a menina que sonhava com um príncipe encantado, mas conseguiram brotar um pouco da mulher que sou hoje. Ainda não sei se estou no meio da estrada ou se cheguei ao fim, mas indubitavelmente não quero voltar ao início, ao complexo de Cinderela.


Brilho eterno é assim, desenterra sentimentos que nos perturbam, faz com que reflitamos nossos atos e nos mostra que vale a pena amar e que não podemos ser facilmente manipulados pelos maus momentos. Como diz aquela música do Beck nos créditos finais “Change your heart/ Look around you/ Change your heart/ It will astound you/ I need your lovin'/ Like the sunshine/ Everybody's gotta learn sometime… Aprender é amadurecer, ver Brilho Eterno não é só ver um belo romance e se emocionar, é também uma sessão de análise e das boas... "


Por fim, uma das cenas mais belas do filme, se é possível citar apenas uma do primeiro ao último frame.


Au revoir!


1 comentários:

Anônimo disse...

Nada melhor nessa vida que um bom filme, né????

Mas noivos de shrek ninguém merece.... hahaha

Obrigada pelo elogio e pela visitinha...

Bjos

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